Jundiaí lidera consumo e ganha subestação
segunda-feira, 8 de agosto de 2011Com uma economia crescente, a cidade de Jundiaí consome 3% mais energia elétrica que todas as cidades atendidas pela CPFL Piratininga, como Sorocaba, considerado município que deu o maior salto industrial na última década no Estado. Esse foi um dos motivos para o investimento de R$ 18 milhões este ano, que contepla a instalação da uma nova estação de energia, no Caxambu.
Quem passa pelo bairro Engordouro pode até estranhar o tamanho dos postes que estão sendo colocados no bairro. Mas são eles, com seus 21 metros de altura, que vão transportar a energia até a subestação. Serão seis quilômetros até chegar no Jundiaí-Mirim, com um poste a cada 90 metros.
De acordo com o gerente de serviços de rede da CPFL, Cesar Augusto Vita Perri, o investimento possibilita uma fonte de energia maior, para suportar o crescimento de indústrias e serviços. “Todo ano fazemos um planejamento considerando o aumento da demanda de energia e, hoje, temos energia suficiente pelo próximos quatro ou cinco anos”, afirma. Segundo ele, existe uma margem de segurança.
“Se não fosse construída esta estação, a previsão é que essa energia fosse suficiente para atender apenas até 2012”. César diz que por meio deste planejamento, Jundiaí não corre o risco de ter falta de energia e destaca investimentos para se tentar evitar oscilações de energia elétrica.
Ligação
Não será por falta de energia, segundo Cesar, que uma empresa deixará de se instalar em Jundiaí. Porém, é preciso uma avaliação, para que seja analisada a demanda energética.
No caso de indústrias que necessitam de cargas altas, geralmente é preciso fazer reparos na rede. “Quando a empresa está em construção, na maioria das vezes, conseguimos instalar a energia junto com a conclusão da obra”, explica. “Muitas vezes, é preciso fazer a substituição de cabos para suportar a demanda de energia, e temos que fazer isso sem prejudicar outros clientes que também se utilizam de energia naquela região”, afirma.
Geladeira nova e menos gasto para pessoas de baixa renda
O cabeleireiro José Marques de Azevedo, 56 anos, pretende economizar energia. Ele foi um dos 750 contemplados com uma nova geladeira, doada por meio de uma parceria entre a CPFL Piratininga e a prefeitura, que visa promover o uso racional de energia elétrica e evitar o desperdício.
“Minha geladeira era velha e a porta já não fechava direito”, afirma o cabeleireiro. Ele conta que ficou contente ao saber que ganharia uma geladeira nova e poderia economizar ainda mais na conta de luz. “Já cheguei a pagar R$ 70 de tarifa, o que considero um valor alto, pois moro apenas com meu filho e não tenho eletrodomésticos, exceto liquidificador, que uso de vez em quando.”
Para diminuir o pagamento, José adotou algumas medidas, como apagar as luzes sempre que sai de um cômodo, além da substituição de lâmpadas por fluorecentes. “Isso ajudou muito”, afirma. O presente, para ele, só vai contribuir para as ações que já faz para evitar pó desperdício de energia.
Ao todo, o programa investiu R$ 440 mil em 22 bairros de Jundiaí, privilegiando pessoas carentes e que estavam com suas geladeiras em mau estado de conservação.
30 mil clientes beneficiados
A nova subestação atenderá cerca de 30 mil clientes, sendo mais uma fonte de energia.
R$ 18 milhões. É o investimento da CPFL em Jundiaí este ano, com a instalação da subestação e melhorias na rede elétrica.
Ligação demora entre 30 e 120 dias
No caso de cargas altas, o prazo para a ligação de energia varia entre 30 e 120 dias, desde que a concessionária é informada. Já no caso de cargas baixas, que compreende residências e comércios, o prazo é de dois a 60 dias.
Fique atento aos banhos demorados
O chuveiro é o grande vilão de consumo e representa de 25% a 35% da conta de luz de uma casa. Ao utilizá-lo, com a chave no modo “inverno”, o acréscimo no consumo é de cerca de 30% com relação ao modo ‘verão’. Além disso, no inverno, o tempo de permanência no banho normalmente aumenta, o que demanda mais energia. O ideal é um equilíbrio durante o ano todo.
Indústria briga por um novo cálculo no valor da tarifa
De acordo com o diretor da regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Valdemir Francesconi Júnior, as empresas ainda sofrem com variação no fornecimento de energia. “Muitas vezes, a queda de energia estraga equipamentos e prejudica a produção, causando prejuízo à empresa”, avalia. Segundo ele, a subestação deverá melhorar o recebimento de energia na cidade.
Por outro lado, ele afirma que há uma grande preocupação em relação a contratos de concessão que estão vencendo. “As empresas de energia querem renovar, quando deveria haver um novo cálculo de tarifas, gerando uma redução tanto para a indústria quanto para o comércio”, disse. Segundo ele, trata-se de instalações antigas, que deveriam ter suas tarifas reduzidas. “Esta é uma luta do Ciesp e Fiesp junto ao governo federal.”
Fonte: Rede Bom Dia
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