Jundiaí: Corregedoria da Polícia Civil faz operação na região contra fraudes em contratos públicos
sexta-feira, 20 de maio de 2011A Corregedoria da Polícia Civil e os promotores públicos estaduais iniciaram na madrugada desta sexta-feira (20) uma operação em Campinas para cumprir 20 mandados de prisão nas cidades de Campinas, cidade Jundiaí, Vinhedo e Jaguariúna. As investigações estão relacionadas a possíveis fraudes em contratos públicos, incluindo a Sanasa.
Unidades da Polícia Militar também participam da operação e bloqueiam a entrada da Prefeitura de Campinas. 12 pessoas foram presas. Estão detidos funcionários e ex-funcionários da Sanasa e empresários.
De acordo com as primeiras informações da Corregedoria da Polícia Civil, o vice-prefeito, Demétrio Vilagra, o secretário municipal de Segurança, Carlos Henrique Pinto, e o secretário de Comunicação, Francisco de Lagos, são considerados foragidos já que foram expedidos mandados de prisão contra eles. A prefeitura informou que o vice-prefeito está na Espanha.
Promotores
Três promotores públicos estão dentro do paço municipal para apreender documentos e computadores. Cento e vinte policiais estão envolvidos na Força Tarefa.
Foragidos
São considerados foragidos os empresários José Carlos Cepera, Emerson de Oliveira, Ivan Goretti de Deus, Valdir Carlos Boscato e Maurício de Paulo Manduca. Além do vice-prefeito, Demétrio Vilagra, o secretário de comunicação, Francisco de Lagos e o secretário de segurança pública, Carlos Henrique Pinto.
Veja a lista de presos na operação da Prefeitura de Campinas
Alfredo Antunes – Empresário (preso)
Augusto Antunes – Empresári (preso)
Aurélio Cance Junior – Diretor Técnico da Sanasa (preso) (foto ao lado)
Dalton dos Santos Avancini – empresário (preso)
Gregório Wanderlei Cerveira – Empresário (preso)
Luiz Arnaldo Pereira Maier – (preso)
Marcelo de Figueiredo – (preso)
João Carlos Gutierrez – Empresário (preso)
Joao Tomaz Pereira Júnior – (preso)
Ricardo Chimirri Candia – Ex-Diretor de Planejamento e Urbanismo (preso)
José Carlos Cepera – empresário (preso)
Emerson Geraldo de Oliveira – empresário (preso)
Pedro Luis Ibrahin Hallack – (preso)
Gabriel Ibrahin Gutierrez – (preso)
Os mandados de prisão são para os seguintes nomes:
Alfredo Antunes – Empresário (preso)
Augusto Antunes – Empresário (preso)
Aurélio Cance Junior – Diretor Técnico da Sanasa (preso)
Carlos Henrique Pinto – Sec Seguranca (foragido)
Dalton dos Santos Avancini – empresário (preso)
Demétrio Vilagra – Vice Prefeito (foragido)
Francisco de Lagos – Sec de Comunicação (foragido)
Gregório Wanderlei Cerveira – Empresário (preso)
Ivan Goretti de Deus – empresário do ramo de eventos (foragido)
Luiz Arnaldo Pereira Maier – (preso)
Marcelo de Figueiredo – (preso)
João Carlos Gutierrez – Empresário (preso)
Joao Tomaz Pereira Júnior – (preso)
Ricardo Chimirri Candia – Ex-Diretor de Planejamento e Urbanismo (preso)
Valdir Carlos Boscato – (foragido)
José Carlos Cepera – empresário (preso)
Emerson Geraldo de Oliveira – empresário (preso)
Maurício de Paulo Manduca – empresário (foragido)
Pedro Luis Ibrahin Hallack – (preso)
Gabriel Ibrahin Gutierrez – (preso)
Veja a cronologia do caso:
Dia 17 de setembro de 2010
Após uma investigação baseada na quebra de sigilos bancários e fiscais, o Ministério Público e a Corregedoria da Polícia Civil prenderam oito pessoas. Oito carros, sendo sete de luxo, e duas motos, também de alto padrão, foram apreendidos. Com a denúncia, contratos firmados com equipes citadas pelo MP foram suspensos.
Dia 20 de setembro de 2010
Chega à EPTV a primeira referência feita à Sanasa de possível envolvimento com empresas do grupo de pessoas presas por suspeita de irregularidades em contratos públicos
Dia 15 de abril de 2011
Pela primeira vez vem à tona uma denúncia envolvendo a esposa do prefeito de Campinas, Rosely Nassin Santos. A empresa Solução Transporte Logística, que faz parte das inevstigações dos promotores, pertence a duas pessoas. Um dos proprietários é a Rosely, a primeira dama da cidade. Ela não declarou à Receita Federal e nem no Diário Oficial do Município que tinha a empresa desde 2007. Só fez isso depois que a informação foi divulgada na EPTV.
Dia 19 de abril de 2011
A EPTV recebe a denúncia de que um mesmo grupo de empresas, também alvo das investigações do MP, teria alugado 18 terrenos para operadoras de celular na cidade. A CD empreendimenos, a RP participações e a Dedeno e Dedeno são donas dessa áreas. Todas ligadas diretamente ao ex-diretor de controle urbano de Campinas, Ricardo Candia, duas são da própria filha dele, Rafaela Candia. As antenas não podem ser instaladas sem autorização da prefeitura. Dias depois, quatro secretários municipais reúnem os jornalistas para tentar explicar que não sabiam de nada. E se justificam.
Dia 25 de abril de 2011
Nova denúncia aponta para a equipe de primeiro escalão da prefeitura de Campinas. Um funcionário público mora no endereço registrado na Junta Comercial como da empresa da primeira dama, Rosely Nassim Santos. Edmar Golçalves trabalha na secretaria de infraestrutura e mora na casa no bairro Nova Campinas. O endereço oficial da empresa de Rosely é usado como escritório político do prefeito Hélio de Oliveira Santos.
Dia 29 de abril de 2011
Convocado para depor no Ministério Público, o empresário José Carlos Cepera se escondeu no banheiro para não ser filmado antes do depoimento aos promotores. No mesmo dia, em à tona a denúncia mais grave até o momento, nas investigações dos promotores. o pagamento de proprina, valores que seriam divididos entre integrantes da equipe de primeiro escalão da prefeitura. novamente, aparece o nome da primeira dama. A Sanasa fechou acordos com as empresas Lotus, Hidrax e Infratec entre 2006 e 2009, mas há a suspeita de que algumas pessoas teriam recebido um valor extra não contabilizado. Os lobistas Emerson de Oliveira e Maurício de Paulo Manduca, além do próprio presidente da Sanasa na época, Luiz Aquino, e a então chefe de gabinete Rosely Nassin Santos.
Os valores estão registrados a caneta em um papel sem timbre. Sobre os documentos, o promotor Amaury Silveira Júnior, que acompanha o caso, diz haver nos manuscritos a indicação de valores, que supostamente seriam repassados a essas pessoas.
Dia 09 de maio de 2011
A defesa da primeira-dama e chefe de Gabinete de Campinas, Rosely Nassim Jorge Santos, conseguiu uma liminar na Justiça para que ela não seja submetida à medidas coercitivas, ou seja, ela não pode ser presa ou passar por constrangimentos durante as investigações que apuram supostas irregularidades em contratos públicos na cidade, investigadas pelo Ministério Público desde 2010.
Dia 17 de maio de 2011
Depois de meses de denúncias envolvendo a Prefeitura de Campinas, o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) falou pela primeira vez sobre o assunto. Hélio de Oliveira Santos se defendeu da acusação de estar tentando impedir que o Ministério Público investigue o caso.
Fonte: Rede Bom Dia
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