Os casos de flagrantes por tráfico de drogas em Jundiaí cresceram 60% em três anos, de acordo com estatísticas da Polícia Civil. Em 2008, foram registrados apenas 269 casos, contra 430 no ano passado.´

Só no encontra Jundiaí-Mirim, que desde 2009 assumiu a liderança do ranking de flagrantes do tráfico, foram registrados 52 casos em 2010, contra apenas oito flagrantes que aparecem nas estatísticas de 2008.

Às estatísticas de crescimento dessa modalidade criminal, fez com que a Polícia Civil elegesse o tráfico de drogas, como o principal desafio a ser travado no ano que começa.

Para isso, o delegado seccional Djahy Tucci, montou, nos dois últimos meses do ano passado, estratégia e equipe especial para enfrentar o tráfico de entorpecentes na região. Foi criada a “Operação Fecha Boca”.

Os resultados, apurados pelo BOM DIA, mostram que a metodologia está dando certo.

Ao todo, a operação iniciada em novembro pelo Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) e transferida, junto com a equipe de policiais, para Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes), resultou na prisão de 70  traficantes. Entre os presos  estão 49 homens,  sete mulheres e  13 adolescentes.

No total, durante as operações, a equipe retirou das ruas  80,2 kg de drogas. Entre elas foram  34,7 kg de maconha, 43,7 kg de cocaína e 1.182 pedras de crack. Além de um laboratório de lança-perfume e uma estufa de cocaína.

Dos 20 bairros onde, segundo estatísticas da Polícia Civil, foram feitos os 430 flagrantes, em dois meses a operação já atuou em 13, ou seja, em 65% das áreas afetadas pelo tráfico.

A decisão
A decisão tomada por Tucci de montar esta estratégia especial veio a partir do crescente número de menores usados pelo tráfico (cinco crianças ou adolescentes são flagrados por semana) – na Vila Nambi um garoto de 12 anos comandava um esquema para venda de drogas próximo a uma escola.

E também graças às denúncias de pessoas revoltadas com a onda de tráfico em Jundiaí.

Ação
A estratégia montada com a operação conta com apenas duas equipes, com seis policias, responsáveis em mapear as ‘bocas’, prender os ‘aviões’ em inserções  constantes e repetidas no mesmo local, até identificar, localizar e prender os‘gerentes e donos da boca.

Fonte: Rede Bom Dia