40% dos projetos da Câmara de Jundiaí ficam pelo caminho
quarta-feira, 13 de julho de 2011O primeiro semestre da Câmara Municipal de guia de Jundiaí, encerrado nesta terça-feira (12), é daqueles para se apagar. Agora, os 16 vereadores têm 30 dias de férias para tentar encontrar uma fórmula que possa salvar o ano de 2011.
Além de os vereadores enfrentarem uma das piores crises de credibilidade da história jundiaiense, com o episódio que culminou com protestos do eleitorado e veto ao projeto que pretendia reajustar os salários legislativos em 62% a partir do próximo mandato, o balanço deste período aponta que 40% dos trabalhos apresentados ficaram pelo caminho.
No total, foram realizadas 23 sessões ordinárias e três sessões extraordinárias, o que culminou na aprovação de 111 projetos. Porém, outros seis acabaram rejeitados, 44 foram adiados (numa tentativa às vezes de salvar projetos mortos) e 22 vetados pelo Executivo. No meio destes números, 20 projetos aprovados foram somente para nomear ruas.
Zé Dias (PDT) é o que mais nomeou vias neste período, seis no total.
No caso das moções, foram aprovadas 36, sendo que Ana Tonelli (PMDB) e o mesmo Zé Dias apresentaram oito cada um. Val de Freitas (PTB) teve sete moções aprovadas e Durval Orlato (PT), cinco.
O número de 44 projetos adiados, cerca de dois por sessão, mostra também, que, em muitos casos, os vereadores estão apresentado projetos incompletos. “A decisão de adiar é do próprio autor, pois muitos entendem que o momento é inoportuno ou que apresentam vício de legalidade. Daí eles adiam para melhorar o conteúdo”, disse o presidente da Câmara, Júlio César de Oliveira, o Julião (PSDB).
Na opinião do presidente da Casa, o trabalho da Câmara neste primeiro semestre foi positivo. Para ele, o número alto dos que não foram aprovados está ligado diretamente com a quantidade de projetos apresentados pelos vereadores. “Se o número rejeições ou vetos é elevado, isso mostra que os vereadores têm apresentado bastante propostas para a cidade”, defende Julião, que teve dois projetos aprovados.
RANKING / Daquilo que passou pela Câmara nos últimos meses, 25 são de autoria do Executivo, ou seja, o que vem do prefeito Miguel Haddad (PSDB).
Os vereadores que mais apresentaram projetos no semestre, 12 cada, foram Zé Dias – claro que metade para nomear novas ruas – e Val. Em terceiro no ranking aparece Fernando Bardi (PDT), com oito.
Val também lidera o número de projetos vetados, seis. O vereador da bancada evangélica ainda teve um projeto rejeitado pela Câmara, assim como ocorreram com outros de Orlato, Paulo Sergio Martins (PV), Marcelo Gastaldo (PTB), Gustavo Martinelli (PSDB) e Marilena Negro (PT).
vai e volta / Além da questão do aumento salarial de 62% (ainda não foi definido um novo índice para reajuste), outra situação de dar com uma mão e tirar com a outra foi em projeto de Orlato. O petista queria barrar obras grandes por seis meses. O plano foi aprovado, mas logo na sessão seguinte a maioria voltou atrás.
Também gerou mal estar na sociedade o aumento de 16 para 19 cadeiras aprovado (o BOM DIA é contra), o que vai gerar mais gastos com a Câmara a partir de 2013.
Eleitores foram à luta
No fim de abril, os vereadores aprovaram o reajuste de 62%, porém a população se manifestou contra e houve recuo da proposta. A questão levou cerca de 500 pessoas às ruas, com passeata pelo Centro e até uso de nariz de palhaço por muitos eleitores indignados.
7,4 mil
É o salário de um vereador em Jundiaí
Voto Consciente prepara novo ranking
A ONG Voto Consciente prepara novo ranking dos vereadores, mas o resultado só será divulgado no primeiro semestre de 2012. Para coletar as informações, o grupo conta com cinco voluntários do grupo de acompanhamento das sessões da Câmara. A entidade julga importante os projetos que viram “norma”, isto é, não são somente aprovados, mas entram em vigor.
Despedida tem 3 aprovações
A última sessão da Câmara de antes do recesso parlamentar, nesta terça-feira (12), teve um único projeto recusado.
Era uma proposta de Marilena Negro, que queria instituir o Código de Conduta do Usuário do Transporte Coletivo de Jundiaí. Sua ideia foi rejeitada por ampla maioria. Apenas o companheiro Durval Orlato e Paulo Sergio Martins (PV) votaram a favor dela.
Já outros três passaram. O projeto de Paulo Sergio exige que escolas e creches tenham funcionários com cursos de primeiros socorros. Segundo ele, “o projeto é simples e visa o bem estar das crianças”.
Também foi aprovado o projeto de José Galvão Braga Campos, o Tico (PSDB), que veda a exigência de depósito prévio para internação em hospital privado. Segundo o autor, “o hospital particular é responsável por dar o primeiro atendimento e não pode exigir um cheque caução para poder prestar este serviço. Entendo a questão financeira dos hospitais, mas a vida é mais importante”.
O último projeto aprovado foi de Val e reserva nos programas habitacionais populares cotas de unidades de idoso.
Já a presidente do Grendacc (Grupo em Defesa da Criança com Câncer), Verci Bútalo, visitou a Câmara para apresentar as ampliações no hospital da entidade e divulgar a ação social McDia Feliz, que ocorre em agosto.
Fonte: Rede Bom Dia
Mais notícias sobre Jundiai:
- Jundiaí faz preparativos para a visita do presidente do TSE, Ricardo Lewandowsky
- BO pode melhorar segurança em Jundiaí
- Prefeito de Jundiaí recebe intimação que obriga abertura das creches a partir de terça
- Jundiaí: Funcionários da CPTM suspendem greve após pedido do TRT
- Polícia apreende mais de 2 t de produtos falsificados em Jundiaí