Vasos de plantas são principais criadouros da dengue em Jundiaí
sábado, 12 de março de 2011Gildete Zanchin Boldrini, 55 anos, aposentada, tem várias plantas dentro e no quintal de sua casa. Entre variadas espécies, uma Bromélia que enfeita a sala de estar figura entre as mais belas – mas, também, é a que gera maior preocupação para que o cachepô da planta não se torne um possível criadouro da dengue.
“Embora só use o tipo de prato que é furado, verifico as minhas plantas todos os dias, principalmente esta da sala”, conta a aposentada.
De acordo com Carlos Ozahata, gerente do Centro de Controle de Zoonoses de Jundiaí, mais de 80% dos pontos de criadouros do mosquito Aedes Aegypti em Jundiaí são estes os pratos de água das plantas.
“Por isso é importante que a população participe ativamente do combate à dengue”, diz, comentando que o trabalho de prevenção é constante, mas intensificado nesta época do ano.
Experiências pessoais
Fortes dores no corpo e nas juntas, febre muito alta e constante, dor de cabeça e nos olhos e manchas vermelhas pelo corpo. Estes são os principais sintomas da dengue, comuns para a psicóloga Luciane Rossi Alves, que teve suspeita da doença em julho do ano passado.
“Não cheguei a fazer exame de sangue porque me tratei em um consultório particular, mas foram quatro dias sem conseguir sequer levantar da cama”, diz.
Hoje, a psicóloga confessa que errou por não procurar atendimento médico em um hospital e, inclusive, recomenda que seu comportamento não seja imitado.
“Corri um risco desnecessário, mas, na época, como não tive as manchas vermelhas, achei que era só uma gripe mesmo”.
Luciane foi medicada com Tylenol, mas conta que a sensação era de que o remédio não surtia efeito nenhum. “São sintomas exacerbados de dor e prostração, fiquei quatro dias sem sequer conseguir levantar da cama”, recorda.
Dores nas juntas e febre constante, durante os quatro dias, são sintomas que a psicóloga destaca como as piores sensações da doença. “Uma gripe forte não causa tanta dor como a que eu sentia, cheguei a desmaiar”, completa.
Virose /A também psicóloga Iane Melotti sentiu na pele as dores descritas por Luciane. No ano passado, após a suspeita da doença, chegou a fazer exame de sangue, mas a dengue não foi constatada.
Ela teve fortes dores no corpo e principalmente nos olhos e manchas vermelhas na pele. O diagnóstico dos médicos, entretanto, foi de uma virose.
“Achei estranho porque as dores no corpo foram muito fortes. E eu e minha filha, de 3 anos, tivemos a suspeita ao mesmo tempo”, diz, contando que a irmã teve dengue em 2009 e chegou a ficar hospitalizada. “Ela tinha chegado de Fortaleza na época”.
Fonte: Rede Bom Dia