Quatro anos depois do início dos trabalhos, 9 de Julho tem primeiros trechos concluídos em Jundiaí
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011A nova cara da avenida 9 de Julho, que vem “subindo” desde o trevo com as avenidas Antonio Frederico Ozanan e Prefeito Luiz Latorre, começa a ganhar seus contornos definitivos.
E a terceira faixa da avenida, inicialmente projetada para ir até a rua do Retiro e com conclusão prevista para daqui a duas semanas, agora será estendida até o Terminal Rodoviário Intermunicipal.
Com a licitação de fornecimento de mudas aberta até o dia 1º de março, o paisagismo a partir de então será feito com espécies de árvores nativas. No trecho inicial, foi usada palmeira nativa da Serra do Japi, de acordo com a Fumas (Fundação Municipal de Ação Social).
“O prazo de execução era de 15 meses e a ordem de serviço saiu em julho de 2009. Considerando as chuvas da passagem do ano, não tivemos atraso tão grande como alguns querem afirmar”, diz o superintendente Ademir Pedro Victor.
Mas não é o que parece para muita gente. A comerciante Marisa Rodrigues, 28 anos, atua com jornais e revistas na avenida e diz que adquiriu seu ponto há dois anos. “O dano foi significativo, mas a expectativa agora é de ser uma atração da cidade”, afirma a jornaleira.
Cronograma / A presença intensa de equipes da Secretaria de Serviços Públicos e de suas concessionárias de jardins, como a Tejofran, é, de acordo com a Fumas, uma fase permitida pela conclusão das obras do canal do córrego. O fato chegou a provocar boatos de ruptura de contrato, negados nesta quinta-feira (17) pela fundação.
A reforma do sistema da avenida e córrego, criado na década de 1970, foi parte do financiamento federal de R$ 58,3 milhões fechado em 2007 com contrapartida prevista de R$ 13,8 milhões para 35 intervenções urbanas. Entre elas, a drenagem pluvial do Anhangabaú e do Centro para o setor e interceptores maiores de esgotos ao longo do córrego.
Mas o projeto inicial, que criava um canal fechado em boa parte da sua extensão, causou protestos de moradores, ambientalistas e outros setores, por isso foi deixado de lado. Na ótica do governo, o atraso foi criado mais por essa ação do que pelas falhas iniciais de concepção.
Expectativa / Os peixes, que junto com as garças que deles se alimentam provocaram parte da celeuma, estão aguardando em tanques da DAE para voltar ao córrego na avenida.
Mas a largura do novo canal pode ter épocas de baixa lâmina de água. “E há a poluição residual, como de produtos usados na limpeza de comércios. Vão ser as espécies mais resistentes que viverão ali”, diz Ademir.
Uma ciclovia também chegou a ser prevista junto ao córrego, mas foi descartada depois que o Ministério Público exigiu o máximo possível de mata ciliar na avenida. “Entretanto, da forma como vai ficar a largura da avenida, acredito que o trânsito de bicicletas vai ser tranquilo”, diz Denilson Bueno, 34, que costuma passar pelo local.
O trecho do trevo com a avenida Ozanan (foz do córrego) até a rua do Retiro deve estar com trânsito normalizado antes do Carnaval. O trecho acima, com rotatória no Jardim Paulista, termina até o meio deste ano.
Fonte: Rede Bom Dia
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