Divórcio segue crescendo em Jundiaí
terça-feira, 18 de dezembro de 2012O número de divórcios em Jundiaí passou de 828, em 2010, para 985 no ano passado. Com esse resultado, a cidade oscila em torno de 2,6 divórcios para cada 1 mil habitantes acima de 15 anos. O aumento beirou os 19%, o que é bem inferior ao índice nacional.
O Brasil todo registrou no ano passado, em relação a 2010, um aumento de 45,6% no número de divórcios. Segundo o IBGE, 351.153 casamentos acabaram oficialmente em 2011. Esse crescimento representou um novo recorde e fez com que a taxa geral de divórcios atingisse seu maior valor na série histórica desde 1984: 2,6%.
Ao mesmo tempo, o número de brasileiros que casou cresceu 5% em 2011 na comparação com 2010: foram 1.026.736 trocas de alianças. Ainda segundo o IBGE, os brasileiros estão casando cada vez mais velhos, mas estão se separando cada vez mais jovens e com menos de tempo de união.
A recente alteração na lei do divórcio (em julho de 2010), que acabou com a exigência da separação prévia antes da oficialização da Justiça, pode ter contribuído para esse aumento. “Evidentemente que a cada mudança na legislação que torne mais rápido o processo há um crescimento no número de divórcio”, disse o gerente da pesquisa, Cláudio Crespo.
O Distrito Federal tem a taxa maior de separação: 4,8%. Em seguida aparecem Rondônia (4,7%) e Acre (3,8%). Na cidade de São Paulo a taxa é de 3,4% e, no Rio, de 1,9%. Em todo o país o maior número de casamentos desfeitos se deu depois de cinco a nove anos de casado (20,8%). Entre o primeiro e o quarto ano os divórcios representaram 19%. Em seguida, o grupo que mais se divorciou tinha entre dez e 14 anos de casado. Os dados mostram ainda que entre 2001 e 2011 aumentou o número de casais que compartilham a guarda de filhos menores. Eram 2,7% em 2001 e 5,4% no ano passado.
Ainda que tenha havido um aumento no número de casais compartilhando a guarda, as mulheres ainda são as que mais ficam com a responsabilidade sobre os filhos menores de idade. Ao todo, em 2011, em 87,6% dos divórcios concedidos no Brasil os filhos ficaram com as mães após a separação.
Vida nova / Um dos casos de divórcio em Jundiaí no ano passado foi o do empresário Eriomark Mendes Santos, 35 anos. Depois de 12 anos de união, ele se separou da mulher.
“Acertamos tudo com o advogado e, como estávamos em comum acordo, o divórcio saiu no mesmo dia.” Com um filho de seis anos da união que chegou ao fim, ele contou que o mais demorado foi acertar a divisão de bens. “Mas foi um processo tranquilo para nós dois porque não precisamos esperar um tempão. A nova lei nos ajudou nisso.”
Um dado curioso em algumas cidades vizinhas é que Itupeva e Louveira não registram nenhum divórcio em 2011, de acordo com tabelas do estudo.
Número de mães entre 15 e 19 anos cai. Sobe as de 30 a 34
A pesquisa do IBGE divulgada ontem mostra ainda que entre 2001 e 2011 o número de mães com idades entre 15 e 19 anos caiu, enquanto o de mulheres de 30 a 34 anos que tiveram filhos aumentou. Em 2001, 20,9% das mães tinham entre 15 e 19 anos. Esse número caiu para 19,7% em 2006 e 17,7% no ano passado.
Já o registro de nascimento cujas mães têm entre 30 e 34 anos era de 14,4% há 11 anos, subiu para 15,3% em 2006 e agora atingiu o percentual de 18,3%. Nos últimos 50 anos o número de filhos por mulher caiu de seis por mulher em 1960 para 1,9 em 2010, abaixo do nível de reposição da população, de 2,1 filhos.
Fonte: Rede Bom Dia